Meu nome é Lucas Rodrigo Zunder e meus amigos me chamam de
Luquinhas. Meus cabelos são castanhos e cacheados e tenho olhos verdes. Meço
1,75 cm que, para um garoto de 17 anos, é o normal. Estou no 3° ano do colegial
e pretendo ser médico. Não é como se fosse a minha mãe que tivesse escolhido
essa profissão pra mim, é a minha própria decisão. Meu estilo de roupa é o
normal de um garoto: jeans, um moletom e um all star.
Na minha casa vive eu, meu pai, minha mãe e meu Irmão Ruan que tem
nove anos de idade. Na verdade, minha vida era bem normal. Meus pais discutem
muito pouco. Meu irmão não me enche. Não tenho nenhum problema financeiro e na
escola não sofri bulling ou algo parecido. Nunca tive problemas pra arranjar
amigos nem nada.
Desde a minha infância a minha melhor amiga é a Ísis. Uma garota
baixinha, de cabelos castanhos ondulados e longos e olhos castanhos
avermelhados. Uma garota linda. Além de mim ela não tem nenhum amigo. Eu sei
tudo sobre ela e ela tudo sobre mim. É ela que agora estou segurando o pulso.
- Lucas, o que você quis dizer com rua?
- Vamos vadiar. Lá pelo centrinho a gente encontra nossos
colegas.
- Mas você sabe que eu não gosto desse tipo de coisa.
Soltei seu braço e parei um instante. Eu estava triste e ela
não sabia o motivo.
- Por favor, vem comigo.
Ela fez uma cara de pena. Estava com pena de mim.
- Está bem. Mas depois tu precisa me contar o que está
acontecendo.
- Eu prometo.
Cruzamos os mindinhos como sempre fizemos desde pequenos. Levei-a
até a pista que tem em um centro pequeno da nossa cidade. E acabamos
encontrando alguns colegas da nossa classe como tinha dito. Eles estavam com
bebida como eu esperava. Alguns estavam fumando. Peguei uma garrafa e paguei
pra eles. Ísi estava apavorada e se sentindo muito excluída naquele tipo de
ambiente.
- O que está fazendo Lucas?
- Bebendo vinho. Você nunca bebeu?
- Bebo. De vez quando. Mas só um copo, você vai beber tudo
isso?
- É bem por aí.
Ela pegou a garrafa de mim. E tomou um gole.
- Eu não vou deixar você beber tudo isso sozinho.
No começo eu até me senti um pouco mais relaxado. Pelo ou
menos ela não ia me deixar bêbado de mais. Mas ela começou a beber de
mais. Peguei a garrafa dela e disse:
- Para com isso, já passou do teu limite.
- Você acha que é meu pai?
- Não, sou só teu melhor amigo. Mas por favor, pare.
- Ta bem.
Levantei e pedi pra ela fazer o mesmo com um sinal.
- Vamos zoar agora!
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